Internet 5G e os ganhos de produtividade na Indústria 4.0
Especialista do instituto Fraunhofer IPK aborda aspectos técnicos e de negócios da implantação do 5G no Brasil.
O conselho diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na última sexta-feira (24/09) a minuta final do edital de licitação para a nova geração de internet no Brasil, com tecnologia 5G. O leilão está marcado para novembro. Mas qual é a importância do 5G e o que essa tecnologia oferece?
A mesa-redonda “5G – Desbloqueando todo o potencial da Digitalização”, do 9º Congresso Brasil-Alemanha de Inovação e Sustentabilidade, debateu esses e outros temas conectados à quinta geração de internet móvel. “A garantia da interoperatividade e da confiabilidade de comunicação no chão de fábrica é uma das grandes vantagens da tecnologia 5G”, afirmou David Domingos, chefe de departamento no Fraunhofer Project Center, convidado a falar sobre o tema a partir da perspectiva da Indústria 4.0.
O 5G, nova geração de internet móvel, promete conexão com mais velocidade, avanços de tecnologias e a possibilidade de ligar muitos objetos a internet ao mesmo tempo. Segundo o engenheiro brasileiro, que lidera um time do Fraunhofer Institute for Production Systems and Design Technology (IPK), o 5G comandará a transformação da Indústria 4.0, pois conectará tudo e todos, facilitando o uso potencial de ferramentas como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), robótica e realidade virtual por esses segmentos.
A quinta geração de internet já funciona na Alemanha, China, Estados Unidos e Japão. Domingos explicou que, na Alemanha, estão sendo testadas as chamadas campus networks, redes móveis especiais restritas a pessoas ou dispositivos afiliados à área do campus, o que adiciona um nível extra de segurança e controle à produção industrial digitalizada.
Na visão do especialista do IPK, no setor industrial, os fluxos de trabalho digitais e automatizados são uma base essencial para processos de produção flexíveis e para vencer a concorrência internacional: “Conectar sites de produção sem fio pela expansão de redes móveis especiais é a chave para a digitalização dos negócios”.
Também participaram desse debate, Daiani Nogueira, chefe de digitalização da produção e tecnologia da Basf na América do Sul, e José Borges Frias Jr., diretor de inovação corporativa da Siemens Brasil. A mesa-redonda foi mediada por Paulo Alvarenga, CEO da Thyssenkrupp da América do Sul.