Alemanha e Brasil juntos pela descarbonização da aviação
Dados do projeto de Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos (ProQR), uma cooperação do Brasil e da Alemanha, serão apresentados para o segmento acadêmico em evento on-line no dia 27/10.
Desde 2017, Brasil e Alemanha trabalham juntos na missão de desenvolver um combustível sustentável para uso na aviação. A cooperação entre instituições dos dois países resultou no projeto Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos (ProQR), que será apresentado ao público acadêmico no webinário “Aprender sobre Descarbonização da Aviação”, que acontece no dia 27 de outubro, das 10h às 11h30, com apoio do DWIH São Paulo.
O projeto tem foco em três áreas: apoio a construção de uma planta-piloto para produção do insumo, que está em fase de implementação; a criação de parâmetros para o uso desses combustíveis e a formação de pesquisadores na área. Do lado alemão, o parceiro de implementação do ProQR é a agência alemã de cooperação internacional (GIZ), tradução livre de Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, e o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). Do lado brasileiro, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) conduzem o projeto.
Durante o evento digital, transmitido pelo MS Teams, será apresentado ao público material didático sobre o ProQR, desenvolvido por pesquisadores das duas partes. O documento nomeado de “Alternative Fuels for Aviation in Brazil” (Combustíveis Alternativos para Aviação no Brasil) será lançado oficialmente só em novembro e tem como objetivo apoiar a dinâmica criativa de pesquisas sobre o tema no Brasil.
Para se inscrever no evento e participar dessa jornada pela busca de combustíveis limpos na aviação, envie um e-mail para proqr@giz.de, com o assunto “Registration Webinar Academia”. O webinário será transmitido em português com tradução simultânea para o inglês.
Urgência da questão
Enquanto a economia mundial se esforça para reduzir as fontes de poluição atmosférica, a área de aviação registrou um aumento de 32% entre 2013 e 2018, período anterior ao início da pandemia, de acordo com o Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT).
“Nos próximos anos, a aviação comercial não vai mudar. A eletrificação, como no caso dos carros, ainda está muito longe de se tornar realidade neste setor”, destacou Eduardo Soriano Lousada, diretor da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, durante a apresentação do ProQR no Congresso Brasil-Alemanha de Inovação e Sustentabilidade. Para o executivo, como a eletrificação na aviação ainda é algo experimental, a única forma de reduzir as emissões de CO2 no segmento, a curto prazo, é produzindo combustíveis renováveis que podem ser misturados com combustíveis fósseis.
O Brasil está em uma posição ideal para atender aos requisitos: existe muita luz solar em todo o país para sistemas fotovoltaicos, muitos lugares têm vento constante ou outras fontes de energia renovável, de baixo custo e sem impactos climáticos.
Sob condições reais, o projeto prova que a produção e o uso de eletrocombustíveis renováveis são economicamente viáveis. Isso abre novas possibilidades para a aviação e outras áreas de transporte onde não se faz uso da eletromobilidade. Em suma, os resultados contribuem para o transporte sem CO2 – no Brasil e no mundo.
Fonte: Site da GIZ e do MCTI