Dia de Portas Abertas do DWIH São Paulo apresenta oportunidades de estudo e pesquisa na Alemanha

Esta foi a primeira edição presencial desde o começo da pandemia de covid-19. Com representantes das instituições alemãs in loco ou por vídeo, os cooperadores do DWIH apresentaram seus programas de pesquisa, possibilidades de financiamento, testes de proficiência em alemão e orientações gerais sobre vistos e moradia na Alemanha. Depois, parte deles recebeu os presentes para conversas individuais, a fim de tirar dúvidas específicas. 

As boas-vindas do Dia de Portas Abertas ficaram a cargo do diretor do DWIH São Paulo, Jochen Hellmann, e da cônsul-geral da Alemanha em São Paulo, Martina Hackelberg, que lembrou que a cooperação científica entre Brasil e o país europeu existe há mais de 50 anos.  

“Estamos orgulhosos dos quase 700 acordos formalizados entre universidades de nossos dois países, além do fato de que a Alemanha pertence aos cinco destinos mais procurados por estudantes brasileiros. O DWIH São Paulo tem um papel importante de coordenar e promover atividades bilaterais. Além de ser uma vitrine de excelência da Alemanha, fornece um ponto de contato que garante o diálogo entre ciência, política e sociedade”, afirmou Hackelberg. 

O público aprovou o evento. “Para mim, o Dia de Portas Abertas possibilitou muitas trocas com essas instituições, que, às vezes, parecem muito distantes para gente. Sabia que existia o DWIH, mas não que era um espaço de colaboração entre as instituições [alemãs]”, disse a doutoranda Bruna Enne, que conta também que se interessou por possibilidades apresentadas pela Universidade Técnica de Munique (TUM). Enne, aliás, é fundadora da edtech Sinaliza e foi uma das dez finalistas da categoria “Future Learning” no Breakthroughs of the Year, da Falling Walls Foundation, com um projeto de pré-vestibular para estudantes surdos. 

Premiação 

As primeiras colocadas do FWL Brazil 2022 estiveram no Dia de Portas Abertas e ganharam seus troféus. No evento realizado em setembro, a doutoranda de engenharia mecânica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Isabella Rodrigues, propôs a criação de um stent cardíaco bioabsorvível que reduz riscos ao paciente – e ficou em primeiro lugar. Já Taís Alves, arquiteta graduada pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre pela Universidade Politécnica de Madri e pela ETH Zurich, obteve o segundo lugar com o projeto de um software, desenvolvido pela equipe do estúdio de criação Archflex, que pretende tornar realidade a construção civil neutra em carbono.   

Esta foi a primeira vez em que o FWL Brazil teve um pódio inteiramente feminino. Ao receber o troféu, Rodrigues disse que são inciativas como o FWL que fazem projetos “sairem do laboratório”. “Espero poder, no futuro, ser exemplo para outras pesquisadoras mulheres, como várias já foram para mim”, afirmou.  

Participaram desta edição do Dia de Portas Abertas a Universidade Ludwig Maximilian de Munique (LMU), TUM, Freie Universität Berlin, Universidade de Potsdam, Universidade de Münster, RWTH Aachen University, TU Darmstadt, Universidade de Ciências Aplicadas de Ingolstadt (THI), UAS7 (German Universities of Applied Sciences), Centro Brasileiro e Latino-Americano de Baden-Württemberg da Universidade de Tübingen, BAYLAT, g.a.s.t., Associação Leibniz, Fraunhofer-Gesellschaft, AiF, Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), Fundação Alexander von Humboldt (AvH) e Socidade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG), além do Consulado Geral da Alemanha em São Paulo.