Segunda edição do German-Brazilian EdTech Hackathon premia app que facilita aprendizagem de línguas de sinais

© Ricson Onodera

A segunda edição do German-Brazilian EdTech Hackathon – Digital Education, realizado de 25 a 27 de maio, premiou um projeto inovador de aplicativo, chamado SignLink, que permite o ensino de linguagem de sinais de diferentes países, em um ambiente colaborativo. O evento, realizado por Universidade de Münster (WWU), re:edu, Universidade Técnica de Munique (TUM), Freie Universität Berlin (FU Berlin) e Goethe-Institut São Paulo, teve coorganização do Centro Alemão de Ciência e Inovação (DWIH) São Paulo.

Aberto à pluralidade de participantes, o hackathon reuniu desenvolvedores, designers, programadores, estudantes, educadores, professores e gestores de políticas públicas, todos com o objetivo encontrar e propor soluções tecnológicas para os desafios atuais no ensino digital. A edição de 2023 contou com mais de 200 inscrições.

“Escolhemos o tema de ensino-aprendizado virtual de línguas de sinais, bem como a facilitação da mobilidade internacional para alunos surdos. O tema surgiu ao notarmos a falta de acessibilidade de materiais de línguas de sinais estrangeiras para estudantes internacionais. Por exemplo, para se aprender a língua de sinais alemã sendo um falante de Libras, é necessário compreender a língua alemã, evidenciando a falta de uma interface de aprendizado entre línguas de sinais”, diz Pedro Kenzo Muramatsu Carmo, estudante de ciências da computação na Universidade de São Paulo (USP) e um dos membros da equipe que criou o SignLink.

 

Surpresa 

O grupo recebeu bolsas de estudo parciais do Goethe-Institut e um prêmio surpresa: um auxílio-viagem no valor de € 2.000, para que um ou dois membros da equipe viajem para a Alemanha a fim de proporcionar encontros com representantes das agências de inovação e centros de startups das universidades organizadoras do evento, de modo que a equipe vencedora possa receber orientação e aprimorar seu projeto. “A mentoria dos representantes das três universidades de referência na Alemanha, a comida maravilhosa, as instalações do Goethe e a energia positiva da organização: tudo isso nos deu energia para entregar uma solução de EdTech, uma mistura de Alemanha e Brasil”, continua o estudante.  

O segundo lugar ficou com a equipe HomeoPATH, que propôs a criação de conteúdo de “pílulas de conhecimento” para que passageiros de transporte público possam aprender algum conteúdo relevante sobre educação digital durante suas viagens.  

“A ideia é tentar apresentar para este público pequenas doses de conhecimento, de forma a incluí-los no processo de pensamento computacional no dia a dia. O projeto ‘HomeoPATH’, que faz um trocadilho da palavra Homeopatia e caminho (path) teve o primeiro passo”, explica José Rodolfo Beluzo, doutorando na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e um dos integrantes do grupo.  

Já o terceiro lugar ficou com o T@TI – Talk About It, projeto que propôs uma plataforma multimídia para o combate e conscientização sobre bullying que acontece nas escolas.  

A apresentação dos projetos está disponível no YouTube.