Pesquisador brasileiro recebe prêmio do Ministério de Educação e Pesquisa da Alemanha

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O pesquisador brasileiro Dimaghi Schwamback é um dos 20 nomeados ao Digital GreenTalents Award 2024. A premiação, concedida pelo Ministério Federal Alemão de Educação e Pesquisa, reconhece jovens cientistas que contribuíram para uma maior sustentabilidade na ciência e na sociedade por meio de pesquisas que promovam o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A cerimônia ocorreu em novembro.

Schwamback é engenheiro ambiental formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), com doutorado concluído na mesma instituição e na Lund University (Suécia). Atualmente, é pesquisador colaborador no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Hidráulica e Saneamento (PPG-SHS) da EESC-USP e na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Ambiente.

O cientista foi indicado ao prêmio por pesquisa desenvolvida durante seu doutorado com apoio da FAPESP (21/14016-2 e 19/24292-7) e orientação do professor Edson Wendland, em parceria com a Divisão de Water Resources Engineering da Lund University.

Sua tese, intitulada “Hydrological and erosional dynamics: Responses to changes in land uses and climate in the Cerrado biome”, contribuiu para a compreensão de como as mudanças no uso da terra e no clima influenciam os fluxos de água e a erosão no bioma Cerrado.

Os principais avanços que ganharam repercussão internacional foram o desenvolvimento de soluções de baixo custo para o monitoramento do escoamento superficial e umidade do solo; o monitoramento de dez anos de como as mudanças do uso do solo impactam nos processos hidrológicos; e a caracterização das interações entre solo-vegetação-atmosfera em cenários de mudanças climáticas.

Para Schwamback, o prêmio simboliza o reconhecimento de anos de trabalho individual e coletivo: “Esse reconhecimento representa a soma de anos de esforço, aprendizado e colaboração. Cada hora de estudo, cada experimento e cada conversa compartilhada foram peças fundamentais para chegar aqui. É uma conquista que não pertence a uma única pessoa, mas a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Por exemplo, esse campo experimental foi delineado há dez anos por outros pesquisadores. Esse momento é a prova de que o trabalho coletivo e dedicado tem o poder de deixar um impacto significativo”.

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Fonte: FAPESP