DAAD lança Estratégia 2030 e quer fortalecer Alemanha como destino de inovação

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O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) apresentou no dia 23 de janeiro, em Bonn, sua nova Estratégia 2030. No centésimo ano de sua existência, a instituição analisa as profundas transformações geopolíticas em curso e responde a elas com uma realpolitik da diplomacia científica, com o objetivo de representar os interesses das universidades alemãs e fortalecer a posição da Alemanha. 

Nos próximos cinco anos, o DAAD concentrará seus esforços em quatro áreas estratégicas: o fortalecimento da Alemanha como polo de ciência, inovação e economia; a busca por soluções para desafios globais; a ampliação da diplomacia científica; e a promoção da democracia e da coesão social. Segundo o presidente do DAAD, Joybrato Mukherjee, esses pilares servirão de base para os objetivos estratégicos até o fim da década. 

“Vivemos em uma era de mudanças profundas, marcada por rupturas na ordem internacional e grandes desafios globais”, afirma Mukherjee. “Essa transformação nos desafia: é essencial pensar com base na ciência e além das fronteiras para garantir a posição da Alemanha e de suas universidades no sistema científico global. Ao mesmo tempo, queremos e precisamos encontrar soluções científicas, em colaboração com o maior número possível de parceiros internacionais, para os desafios urgentes do nosso planeta”, acrescentou.  O DAAD pretende contribuir para a gestão bem-sucedida dessa transformação por meio de sua principal competência: o intercâmbio acadêmico. 

Mão de obra qualificada, inovação e manutenção da cooperação internacional 

Para alcançar essas metas, o DAAD aposta na atração de estudantes internacionais como futuros profissionais qualificados e no fortalecimento da Alemanha como centro de inovação. Isso inclui o aumento da visibilidade internacional das universidades alemãs e a ampliação de suas conexões com impulsionadores da inovação em nível global.  

Diante das mudanças geopolíticas, o DAAD também intensificará a manutenção e a expansão de parcerias estratégicas, levando em conta uma abordagem pragmática da diplomacia científica. Além disso, o trabalho de orientação com foco regionalizado para auxiliar as universidades alemães na condução de parcerias em contextos desafiadores será cada vez mais importante. Outra prioridade será o fortalecimento da identidade europeia do DAAD, indo além do seu engajamento no programa Erasmus+ da União Europeia. 

“O ataque da Rússia à Ucrânia e a pandemia de covid-19 demonstraram o quão rapidamente os parâmetros da diplomacia científica podem mudar. Nossa nova estratégia, portanto, fornece orientação e flexibilidade para reagir a essas dinâmicas”, enfatiza o presidente do DAAD. A estratégia funciona como uma bússola para a internacionalização e o intercâmbio acadêmico em tempos geopolíticos turbulentos.  

Com essa diretriz, o DAAD encara o futuro com otimismo. “Mesmo cem anos após nossa fundação, queremos continuar contribuindo para o desenvolvimento pessoal de pessoas com visão global e moldar com sucesso as transformações mundiais, de acordo com nosso lema ‘Mudança por meio do intercâmbio'”, conclui Mukherjee. 

Fonte: DAAD