O 6º Diálogo Brasil-Alemanha de Ciência, Pesquisa e Inovação

Realizado pelo DWIH São Paulo, pela Fapesp e MCTIC, o evento reuniu pesquisadores renomados, tomadores de decisão e representantes de empresas de ambos os países.
Está claro que a Alemanha e o Brasil consideram a bioeconomia um dos setores-chave para o futuro sustentável da humanidade e investem intensamente em pesquisa básica e aplicada nesse setor, inclusive em projetos conjuntos. Não foi por acaso, portanto, que o 6º Diálogo Brasil-Alemanha de Ciência, Pesquisa e Inovação, em novembro de 2017, abordou o tema “Bioeconomy: Research and Innovation shaping the new biobased Economy”.
Realizado pelo Centro Alemão de Ciência e Inovação São Paulo (DWIH São Paulo), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o evento reuniu pesquisadores renomados, tomadores de decisão e representantes de empresas de ambos os países.
Por ocasião do encontro científico em São Paulo, os governos alemão e brasileiro também se reuniram em Campinas com o objetivo de estabelecer um cronograma para dar vida à parceria estratégica em bioeconomia, firmada dois anos antes em 2015. Tanto os pesquisadores em São Paulo como os representantes governamentais em Campinas demonstraram-se otimistas com a rápida evolução da cooperação nessa área intensiva de conhecimento científico e tecnológico e, por isso, promissora para o desenvolvimento sustentado em termos econômicos e ambientais.

"O Brasil dispõe, há muitos anos, de vantagens competitivas na área de bioeconomia: conseguiu chegar ao topo com sua agricultura, basicamente por meio da pesquisa. E é bem provável que consiga o mesmo agora com as ciências farmacêuticas, a economia energética, a área de cosméticos e a indústria alimentícia."Georg Witschel, embaixador da Alemanha no Brasil

"A pesquisa e o desenvolvimento são as ferramentas que ajudam a sociedade a encontrar soluções adequadas para desafios como as mudanças climáticas e a fome. E a chave para acelerar esse processo é a cooperação."Martina Schulze, diretora do DWIH São Paulo

"Na Alemanha, as estratégias e políticas de bioeconomia compreendem quatro eixos temáticos: assegurar a nutrição global, tornar a produção agrícola sustentável, utilizar matéria-prima renovável para a indústria e aumentar a utilização de energia de biomassa."Andrea Noske, chefe da Divisão de Bioeconomia do BMBF

"Para o Brasil, a principal estratégia é a biomassa. Os conceitos-chave do plano estão no uso da biomassa e da biodiversidade nacional no desenvolvimento de novos bionegócios e bioprodutos, na segurança hídrica-energética e alimentar, além da excelência científica e de negócios, do desenvolvimento sustentável e da economia circular."Bruno Nunes, coordenador-geral de Bioeconomia do MCTIC