Tema anual do DWIH 2022: Inovações Sustentáveis

Será que no campo das inovações também existem “Os Limites do Crescimento”? Com esse título, há 50 anos, o “Clube de Roma” divulgou o seu respeitado estudo sobre os perigos de um desenvolvimento econômico desmedido. A ideia contínua do “cada vez mais” em termos de crescimento e produção não pode, segundo o estudo, ser uma solução – são necessárias abordagens mais sustentáveis e ecológicas. Há muito tempo, isso também vale para as inovações: o novo, por si só, e a maior produtividade não são mais suficientes.

A ciência e a pesquisa econômica, como promotores da inovação, são solicitados a atuar de forma sustentável. As inovações podem promover concretamente a sustentabilidade, seja com novas soluções no combate às mudanças climáticas, ou com processos de produção que não desperdicem recursos naturais. Ao mesmo tempo, coloca-se a questão de como a política, a economia e as ciências podem criar um clima de inovação que priorize sempre, e de maneira sustentável, caminhos pioneiros de desenvolvimento.

Para o Brasil, a bioeconomia e as energias renováveis têm uma importância especial. A diversidade biológica do país, com grandes rios e áreas florestais e agricultáveis, além de sua posição geoestratégica e o interessante cenário de pesquisa, oferecem grandes oportunidades para o desenvolvimento sustentável.

Brasil e Alemanha: parceiros no aproveitamento de biomassa

O Brasil é, há décadas, líder na utilização de energias renováveis graças ao grande número de usinas hidrelétricas e à produção de etanol a partir de cana de açúcar como combustível para automóveis. O número de parques eólicos e usinas fotovoltaicas também tem crescido. Centros de pesquisa desenvolvem e testam várias opções para a utilização de biomassa como fonte de energia, muitas vezes em cooperação com pesquisadores e empresas da Alemanha. Recentemente, há ainda um crescente interesse pelo hidrogênio verde e os primeiros projetos em parceria com stakeholders alemães estão sendo iniciados.

No campo da bioeconomia, o Brasil também é um dos principais parceiros internacionais da Alemanha. Não só a segurança alimentar mundial, um objetivo das Nações Unidas, está no foco dos dois países, mas também o uso industrial de matérias primas renováveis e o desenvolvimento científico e tecnológico do processamento de plantas medicinais.

O DWIH São Paulo e os seus apoiadores analisam, periodicamente, o potencial da bioeconomia e das energias renováveis. Simultaneamente, inúmeras outras inovações sustentáveis são debatidas nas redes – de sistemas agroflorestais que conservam o solo, passando por processos de produção na indústria que preservam o meio ambiente, culminando com a sensibilização da sociedade em relação a um consumo sustentável e às inovações para uma forma de vida que não desperdice recursos naturais.